Retrato de Jacinta
Determinámos, então, rezar o nosso Terço. A Jacinta tira uma medalha que tinha ao pescoço, pede a um preso que Ihe pendure em um prego que havia na parede e, de joelhos diante dessa medalha, começamos a rezar. Os presos rezaram connosco, se é que sabiam rezar; pelo menos estiveram de joelhos. Terminado o Terço, a Jacinta voltou para junto da janela a chorar.
— Jacinta, então tu não queres oferecer este sacrifício a Nosso Senhor? – Ihe perguntei.
— Quero; mas lembro-me de minha mãe e choro sem querer.
Então, como a Santíssima Virgem nos tinha dito que oferecêssemos também as nossas orações e sacrifícios para reparar os pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria, quisemos combinar a oferecer cada um pela sua intenção. Oferecia um pelos pecadores, outro pelo Santo Padre e outro em reparação pelos pecados contra o Imaculado Coração de Maria. Feita a combinação, disse à Jacinta que escolhesse qual a intenção por que queria oferecer.
— Eu ofereço por todas, porque gosto muito de todas.
LÚCIA DE JESUS, Irmã Maria (1973). Memórias da Irmã Lúcia I. 13ª edição. Fátima: Secretariado dos Pastorinhos, 2007. p53-54.
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