terça-feira, abril 15

No Santuário de Fátima, a 27 de novembro de 2011, deu-se início ao novo ano pastoral e litúrgico, que abriu o segundo ano do septenário de preparação para a celebração do centenário das Aparições de Fátima, com a pergunta que Nossa Senhora fez aos três Pastorinhos, em maio de 1917: “Quereis oferecer-vos a Deus?” – frase inspiradora e, ao mesmo tempo, tema do ano. A atitude pretende evidenciar a entrega de si.

“Quereis oferecer-vos a Deus?” Esta entrega de si é assumir o mandamento do Amor. “Prova de amor maior não há que doar a vida pelos irmãos” é o sinal de uma solidariedade ditada pela fé e pelo amor, para colaborar na ação redentora de Cristo. São Paulo cita: “completo na minha carne o que falta na Paixão de Cristo” (Col. 1,24).

Hoje, esta pergunta é dirigida a cada um de nós batizados, que fazemos parte do Corpo Místico de Cristo, chamados a ouvir Sua voz e a segui-Lo. Ele que é o Caminho, a Verdade e a Vida.

“De onde emana a pergunta?”, interrogam-se os mais precavidos. Esta questão faz sentido num tempo em que se embaralham inúmeras “ofertas” vindas de todas as direções. Todos os dias recebemos mensagens a anunciar a feliz notícia de que fomos escolhidos e iremos receber um prêmio. Tudo parece transformar-se em oportunidade para, de repente, e sem qualquer esforço, sermos os felizes contemplados: a oferta está ao nosso alcance a partir de um clique ou de um mero sim.

“Quereis oferecer-vos a Deus?” Assim como a Virgem de Nazaré, nossa Mãe Santíssima, é inserida, com o seu “FIAT”, em Cristo, cada um de nós pode inserir-se também como próprio sacrifício e participar na obra de salvação do mundo. É a doutrina do Corpo Místico de Cristo que nos revela a “reciprocidade de um pelo outro” (Mons. Hnilica).

“Quereis oferecer-vos a Deus?”

Salve Maria!

Irmã Salete Porfírio MSF


Artigo publicado no Jornal Niterói Católico, nº 552, ano 48, de Fevereiro/Março de 2012, órgão oficial da Arquidiocese de Niterói.

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I am like a freight train. Working on the details, twisting them and playing with them over the years, but always staying on the same track. People who exhibit unhealthy perfectionism are fearful of failure, fearful of criticism.

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